domingo, 24 de maio de 2009

medo


é inevitável ter medo, tantas vezes que o quis perder para cheguei à óbvia conclusão que qualquer pessoa que ame tem que ter medo, aliás, medos - eles são tantos - eu, por exemplo tenho medo de te perder, de sofrer, de te magoar, de deixar de te amar, entre tantos outros. tenho tantos medos e apesar da incalculável segurança que me transmites, não os perco por nada. queria que estivesses sempre comigo, assim evitava o medo, apesar da tua segurança não o dissipar, diminui-o, quase que me isola dele como me isola de tudo o resto. tive medo de te perder à cinco dias atrás, nunca pensei tê-lo, sabes, eu sentia-o e sinto-o mas tive-o mesmo, no seu auge, no seu expoente máximo que acho que é quando um medo passa a ser uma possibilidade, as minhas pernas tremiam e as lágrimas escorriam-me como se já te tivesse perdido mesmo - parecia uma criança a quem, prálem de não lhe terem feito a vontade, a puseram de castigo - . olha, eu diria até que deixei de ser eu por momentos, longos momentos, ou então diria até que fui eu a amar-te mais do que já havia amado, - visto que 'quando perdemos é que damos o devido valor' e eu sentira que já te tinha perdido, consigo compreendê-lo - amor, eu agora sei, mais que nunca que te amo, mais que tudo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

como seria ?



não vou negar, não é coerente de todo dizer-te isto agora, mas só agora me lembrei, - não, lá estou eu - não me lembrei agora, mas achei por bem dizer-te agora. Sabes bem que podias ter sido muito mais, tu tens essa noção, apesar de por muitas vezes tentares demonstrar o oposto eu conheço-te, sabes? Sim, eu conheço-te bem e às vezes penso que ainda te podia conhecer mehor, não digo que seja essa a minha vontade, diria antes, é uma curiosidade, meu querido. Estava tudo tão bem, pelo menos, achava eu, mas no fundo foi tudo uma espécie de "confusão", por favor diz-me que também é isto que achas, num momento quis-te mais que tudo, mas depois - depois daquele meu erro, que não foi erro nenhum - percebi, percebi que não era bem aquilo que eu queria, tu bem tentaste, meu amigo, depois de tudo aquilo, penso que ainda quiseste lutar por mim, mas não consegui aceitar isso. Sabes uma coisa? Nunca me havia sentido tão mal na minha vida, senti-me má, delatora. Tu, apesar de tudo, confiavas em mim, não confiavas? Sempre achei que sim, mas eu não consegui nunca confiar em ti, tentei, tentei tanto que este sentimento que mantinha por ti fosse mais forte a todos aqueles deslizes - a que eu fechava os olhos e fingia não ver, para nunca deixar de gostar de ti - mas à noite, quando ficava bem sozinha no calor da minha cama - enquanto estava aquele frio lá fora que durou o Inverno todo - amor, eu chorava, sem ninguém saber, principalmente, sem tu dares conta, o que fazias magoava-me e nunca fui capaz de depositar em ti qualquer confiança, apesar de ter a certeza que não o fazias por mal. Tivémos inúmeras vezes para ser mais que isto, mas tu adiaste tanto que, Meu Deus, eu fartei-me de esperar, pela primeira vez me fartei de esperar por alguém que eu queria e depois, foi o que foi... Ainda hoje penso como seria - o que não significa deveras que queira voltar atrás no tempo para exprimentar, não só por saber o quão impossível isso é, como por estar bem assim - e sei que tu também pensas, em tempos foste imperceptível e o teu olhar quase impenetrável, mas, agora, desde que fiquei sedenta de curiosidade pelo que tu pensarias, consigo perceber por detrás do teu sorriso - incógnito na minha presença - e do teu olhar - distante e atrapalhado quando nos olhamos fixamente - , que pensas no mesmo que eu, e que tens a mesma curiosidade que eu "Como Seria?" .



Agora, (com orgulho te chamo) meu grande amigo, estamos melhor que nunca.

terça-feira, 5 de maio de 2009

pensar



acho que já nem penso, acho porque não penso, mas acho que por vezes é melhor nem pensar, a maior parte das vezes. e mesmo nas vezes que acho - só acho, não penso - que devo pensar, não penso . antes pensava muito, demais e depois acabava por observar tudo a passar-me à frente e caía tudo meio em vão, tudo, aliás, aqueles pensamentos que afinal não me serviam de nada, agora já não penso, perdia um momento a pensar e acabava por me fechar num mundo delimitado por pensamentos e mais pensamentos e perdia o mundo real. olhem, já nem quero saber se faço mal ou bem, se ajo melhor ou pior, se procedo com mais ou menos prudência. acabou, já me cansei de tentar agradar. agora sou eu, sem pensar, acho eu.


"Mas, Maria, achar é pensar."

domingo, 3 de maio de 2009

deixa-me

- Sim eu sei que nada é eterno. Sim eu sei que não vai ser sempre perfeito.



- Assim fico mais tranquila.



-Porquê? Não te entendo. Qual o mal de eu me iludir, de fazer juras que sei que não serão eternas, de acreditar no impossível e no perfeito permanentemente? De que te serve relembrares-me e acordares-me repentinamente deste sonho que eu vivo diariamente sempre feliz e iludida? Que mal tem isso? Que mal tem iludir-me todos os dias, todas as noites com algo que me faz feliz, apaixonada, viva acima de tudo? A tua incapacidade de me ver bem começa a fazer-me estranhar-te. Possas, eu agora estou melhor que nunca e quero continuar assim enquanto puder, não destabilizes a minha calma e felicidade e deixa-me recuperar o sonho, quanto mais tempo perder contigo, menos sonho e vivo e menos sou feliz, deixa-me.

sábado, 2 de maio de 2009

desculpa

fico abismada, extasiada e imperceptívelmente encandeada com tudo isto, tu secalhar ainda nem te apercebeste por isso vou-te tentar explicar e elucidar do que se trata. mudaste (e estás a mudar) um pouco ou muito até mas eu estou disposta a aceitar tudo isso, mas não te esqueças que também eu sinto tal como tu e magoas-me ao ser assim, apenas preocupada com a tua mudança e com tudo o que esta inclui e não vês, nem sequer reparas por momento nenhum que eu estou a tentar de alguma forma acompanhá-la mas os nossos ritmos - apesar de semelhantes - não são iguais e o meu ainda não se apressou o suficiente para se igualar ao teu. só quero que saibas e tenhas a noção de que estou a tentar e a esforçar-me muito, mesmo que a ti te pareça que estou parada, é só impressão tua. ultimamente nem me ouves, nem me percebes tão bem como antigamente, depois sentes-te como que trocada mas não é nada disso, eu apenas procuro alternativas a ti, esconderijos e ombros de apoio quando vejo que nestes últimos tempo o teu me falta. por favor compreende-me um pouco, eu posso estar distante mas preciso de ti, como sempre precisei, ninguém te substitui e o facto do teu espaço no meu coração ser o maior de todos, eu me sinto tão desorientada e confusa. posso não demonstrá-lo sempre mas também estou aqui, apenas à espera que toda esta tua mudança passe porque pelos vistos não estou a conseguir acompanhá-la. desculpa, mas esta imcompatibilidade está-me a deixar desvairada.