quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ironic

é irónico, é muito irónico. eu é que faço asneira e, mesmo assim, consigo o que quero. não é justo, para ti. sim, tu fizeste muita asneira mas mesmo assim sinto-me culpada. eu sei que me amas e eu amo-te a ti, como nunca amei ninguém, nunca. eu tenho o que quero - supostamente - e não estou bem, apesar de não ter sido isto que ouviste hoje da minha boca. desde que cheguei a casa que estou cheia de dores de cabeça e, cada vez que estou sozinha, começo a lacrimejar e a dor acentua-se, não estou bem. não sei com o que contar, nem com quem contar. estou cansada e só gostava de ter as minhas férias de Páscoa já. sou uma incompetente e tudo o que menos queria era ver-te e, principalmente, fazer-te sofrer. desculpa e obrigada, é tudo o que te posso dizer-te, mas agora vou ficar assim, longe.



'And isn't it ironic...
don't you think?'

sábado, 20 de fevereiro de 2010

depois


Ele:"continuas a ser a minha vida"
Eu:"eu sei"
Ele:"vais ser sempre"
Eu:"eu sei"
Ele:"devia ter dado valor ao que tinha, só faço merda"
Eu:"não digas isso, estás a dar agora"
Ele:"mas agora..."
Eu:"também és a minha vida, para sempre"

sinceramente, não sei o que se segue, não sei nada
(para não variar).

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

destruição


ainda alguém me há-de ensinar a perder intimidade, paixão, confiança e entrega. seria muito fácil: passar uma borracha fria no coração e pronto, acabava tudo, mesmo. acabavam-se todos estes sentimentos que se cultiva e se alimenta, durante tanto tempo. dou comigo a chorar todas as noites como quando nos chateávamos mas agora nem nos chateamos. a ausência é pior que qualquer discussão, vai-nos remoendo por dentro e quando damos por nós já não há coração para apagar. mas primeiro era preciso que ele não se fechasse ao mundo, mas o meu já se fechou, não saem nem se apagam quaisquer sentimentos e não consigo criar novos. é estranho e curioso: como é que algo que demorou tão pouco tempo a construir se destrói tão rápido? o pior é que se destrói mas deixa aqui a poeira e os estragos da destruição. agora falas-me em amizade e se é o que queres eu dou-to, sabes que eu sou tua de qualquer maneira, o meu coração fechou-se e tu ficaste lá dentro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

sem radar

há um momento diferente de todos os outros anteriores, um momento em que pensamos em nós primeiro como já não fazíamos há muito tempo. não me deixou logo bem porque deixar outra pessoa mal nunca me deixou bem, mas era o que tinha que fazer. no fundo, é comigo que vou ter que viver para sempre e se nem eu própria me respeito como posso exigir o respeito de alguém? estou triste, estou em baixo e dói-me a cabeça. devem ser alguns dos sintomas desta doença ou melhor, o que será a doença: a ausência de amor ou o amor? já nem sei. estou sem radar. tenho a cara pálida mas, por muito estranho que pareça, não sinto nada, não tenho vontade de chorar e ainda não gritei com toda a gente. sei que estou triste mas, não sei explicar porquê, não o sinto no seu auge, no seu expoente máximo. estou calma mas sei que o meu coração não.
"Você me entorpeceu e desapareceu,
Vou ficando sem ar."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

não há coincidências

"Quando se ama perdoa-se tudo. Não se esquece nada, mas perdoa-se tudo."
Margarida Rebelo Pinto

domingo, 7 de fevereiro de 2010

melancolia

todos os dias acordo na esperança, com a ilusão que estás aqui de volta mas mais uma vez 'caio'. sonho contigo e digo-te agora que é o sonho mais real de todos e ninguém me convence de que não foi real, apenas o vazio me convence, quando acordo e olho para todos os lados e não estás e eu desejo regressar ao sono profundo e ver-te, tocar-te, sentir-te e desejar ficar assim para sempre. sim meu amor, eu a ti reservava-te o sempre e tu o que fizeste? nada. nunca pensei que o meu coração se resumisse neste melancólica e desprezível palavra mas foi isto que fizeste ao virar a cara ao nosso amor, aliás ao meu amor por ti, porque tu dizes que já não me amas, mas eu não sei se acredito. como é possível não me amares agora, se levavas todos os dias a repetir-me esta palavra e outros desvaneios que tais? eu não sei em que acreditar, tu tiraste-me a fé e a segurança. nem sabes, repito, nem sabes o quão bom é quando és meu amigo, não simples conhecido, mas amigo e me dizes aquelas palavras como dizias antes. dizes "eu estou aqui" e eu acredito, acredito que estás aqui e choro mas de felicidade, porque eu te sinto mesmo aqui, comigo. eu sei, acabou, mas não será este o verbo mais triste da nossa língua? acabar? eu prefiro dizer que nada acabou, demos um tempo a nós, um ao outro, mas tu continuas comigo, eu levo-te para todo o lado comigo e se tu dizes que já não me tens contigo, mentes, porque eu deixei aí ficar a minha marca nesse teu coração louco que pensa sempre que sabe o que quer, mas no fundo não sabe nada. eu sei, o passado é passado, mas o meu continua a viver no presente. no outro dia sonhei contigo, acordei, olhei para os lados e chorei, não estavas lá mais uma vez.

(texto feito por mim, mas não sobre mim. sobre a minha fã RM (a) )

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

começo,


começo a sentir o chão a fugir-me, o ar falta-me. o frio começa, não de fora, mas de dentro. começo a deixar de sentir o sossego da noite e o quente do meu pijama. sinto-me nua, não só por fora mas por dentro, estou vazia. estou isenta de tudo o que me rodeia e finjo uns sorrisos quando tudo o que quero é chorar e gritar! vou de manhã para onde não quero, fazer o que não quero e estar com quem não quero, porque só te quero a ti e não consigo nem um pouco da tua atenção. anseio cruzar o meu olhar com o teu porque sei que me vais fechar a tua expressão antiga e virar-me a cara armagamente, como tens feito. tenho medo e estou saturada. começo a evitar pensar para que não me venha à cabeça a única acção que se condensa no meu pensamento. não quero pensar para não agir mal e não quero agir para ver até onde tu vais com este joguinho que já começa a ter consequências. começo a deixar de saber o que é ter-te e as pessoas começam a notar a tua ausência do meu lado, onde estavas sempre. o amigo que tinha em ti há tanto tempo atrás começa a desaparecer e, apesar de te entregares a mim de todas as outras maneiras, eu ressinto a falta de amizade que tens demonstrado, não me ouves, não me apoias, não queres saber do que faço, penso ou sinto e já não és o mesmo. eu não me apaixonei por este rapaz e os teus pedidos de "desculpa" começam a cansar-me. não sei o que hei-de fazer para voltar a sentir-te a ti e principalmente sentir-me a mim. e lá estou eu a chorar outra vez e a única coisa que sinto são as lágrimas a deslizarem-me pela cara pálida e fria, mais nada, tenho o coração fechado para tudo e por isso é que não tento, estou cansada de tentar.