terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

sem radar

há um momento diferente de todos os outros anteriores, um momento em que pensamos em nós primeiro como já não fazíamos há muito tempo. não me deixou logo bem porque deixar outra pessoa mal nunca me deixou bem, mas era o que tinha que fazer. no fundo, é comigo que vou ter que viver para sempre e se nem eu própria me respeito como posso exigir o respeito de alguém? estou triste, estou em baixo e dói-me a cabeça. devem ser alguns dos sintomas desta doença ou melhor, o que será a doença: a ausência de amor ou o amor? já nem sei. estou sem radar. tenho a cara pálida mas, por muito estranho que pareça, não sinto nada, não tenho vontade de chorar e ainda não gritei com toda a gente. sei que estou triste mas, não sei explicar porquê, não o sinto no seu auge, no seu expoente máximo. estou calma mas sei que o meu coração não.
"Você me entorpeceu e desapareceu,
Vou ficando sem ar."

2 comentários:

Anónimo disse...

"é comigo que vou ter que viver para sempre" facto a não esquecer.
percebo o que escreveste. tenho os mesmo sintomas mas a doença é meio diferente. dir-te-ia o que fazer mas nem sei o que faço quando quero deixar de me sentir assim. acho que simplesmente deixo passar. o que acaba por mais tarde me trazer ao mesmo estado, o que acaba por ser quase rotina e ainda estou para saber como sair dela.

Margarida' disse...

A tristeza não se reflecte tão evidentemente como a raiva ou a angústia, ou o desepero, é silenciosa e consome ainda mais do que todos os outros juntos.
Luta por a mandares embora, força **
Beijinho +.+